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Guilherme Arantes

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O paulistano Guilherme Arantes nasceu em 28/07/1953. Filho do médico formado pela USP, Dr. Gelson Lima Arantes  e Hebe Planet Martuscelli, bibliotecária e professora de línguas, tem duas irmãs: Ana Cristina, professora universitária e Heloísa, formada em medicina.


Guilherme Arantes

Guilherme Arantes, 42 anos de carreira

Falando um pouco de sua vida pessoal, passou por quatro casamentos. Do relacionamento com a arquiteta paulista Márcia nasceu  Marietta. Do casamento com Luíza, ex-integrante do grupo Gang 90 & Absurdettes, nasceram os filhos Gabriel, Pedro e Tiago. Em 1996 conheceu Claudhia Engelman com quem teve a segunda menina, Paola. Hoje é casado com Márcia Miguez Gonzales, que conheceu na Bahia.
 

Show - Moto Perpétuo

Os grupos Polissonante e M
oto Perpétuo
 

Aos 5 anos Guilherme Arantes já tocava cavaquinho. Foi muito influenciado pelo pai que gostava muito de música, comprava discos e apreciava músicos regionais, como Paulo Vanzolini. Aprendeu piano com 6 anos de idade.  Na adolescência integrou o grupo O Polissonante que tinha como baixista o ator Kadu Moliterno, Chicão, o Pudim e o Michelin. Mas o primeiro trabalho profissional com registro em disco e shows foi o Moto Perpétuo - em 1974 um único LP foi lançado pela gravadora Continental, produzido pelo jornalista Moracy do Val (ex-"Última Hora" e que lançou o grupo "Secos & Molhados"). O show de estréia do Moto Perpétuo foi no Teatro 13 de Maio, em São Paulo, no mês de novembro. Depois o grupo foi desfeito já que Guilherme desejava fazer um trabalho mais ligado à música popular. Arantes também trabalhou com a produção de jingles e vinhetas para os estúdios Pauta e Vice-Versa. A arquitetura chegou a empolgar Guilherme Arantes, durante um tempo, mas acabou por abandonar o curso em 1975, trancando matrícula na FAU, de São Paulo, para se dedicar à música.

 


Anjo Mau - trilha sonora de 1975

Meu Mundo e Nada Mais
 

A carreira solo deu início a partir, então, de 1975, quando apresentou uma fita com suas músicas em várias gravadoras. Em 76, surgiu o convite da Som Livre que se interessou especificamente por Meu Mundo e Nada Mais que tinham lançado na novela "Anjo Mau", como tema do personagem Nice, vivido pela atriz Susana Vieira. Guilherme Arantes passou a ser transformado numa espécie de ídolo nacional pelo rádio e TV, após a gravação de um compacto com a música-tema da novela. A balada estourou nas paradas de sucessos de todo o Brasil e veio o primeiro LP. O jovem cantor e compositor tinha 23 anos mas as músicas do disco tinham sido compostas em sua adolescência. A Cidade e a Neblina, por exemplo, foi composta com 17 anos. Do mesmo disco, estourou no rádio Descer a Serra e Cuide-se Bem (novela "Duas Vidas"). Além da Som Livre passou pelas gravadoras Wea, CBS/Sony, EMI-Odeon e PlayArte. No ano 2000, o músico mudou-se para Camaçari (BA), onde fundou a ONG "Planeta Água" e passou a produzir seus próprios discos em seu estúdio. O primeiro foi um disco instrumental "New Classical Piano Solos" - lançado em Nova Iorque e distribuído pela Sony Music.  Em 2003, de volta à Som Livre "Aprendiz" trouxe mais um tema de novela "Casulo" (Agora é Que São Elas). Em agosto de 2007 lançou "Lótus", novo disco produzido em seu estúdio "Coaxo do Sapo", com distribuição da Som Livre.

 

Guilherme Arantes e o filho Gabriel

Recorde de direitos autorais


Entre 1982/83, Guilherme Arantes chegou a bater o recorde em arrecadação de direitos autorais, superando Caetano Veloso, Chico Buarque, Rita Lee e Jorge Benjor. Na lista do ECAD ele comparecia com mais de três músicas em execução - Pedacinhos, Brincar de Viver, Lindo Balão Azul e Labirinto. Desde então Guilherme Arantes vem colecionando sucessos, atravessando altos e baixos, como muitos artistas da MPB - fato comum atualmente no meio musical, constantemente bombardeado por modismos comerciais. Mais detalhes sobre cada trabalho, imagens e as músicas ao longo dos anos, podem ser conferidos no ítem Discografia, na página do fanzine, mantida pelo Fã-Clube GA Registro.



Festivais
 

O FIC - "Festival Internacional da Canção" promovido pela Rede Globo em 1970, foi a primeira incursão solo de Guilherme Arantes num festival, quando inscreveu duas músicas - uma delas Purus Paralelo VII, recusadas na fase de pré-seleção. Também fez participações com o grupo Moto Perpétuo no "Festival de Águas Claras".

Em 1979, Guilherme chegou até a semifinal do "Festival 79", promovido pela extinta TV Tupi, com a música Estatísticas, lançada em compacto simples pela Wea. Despontavam também nomes como Alceu Valença, Walter Franco, Belchior, Luis Guedes e Thomas Roth. O vencedor foi Raimundo Fagner com "Quem Me Levará Sou Eu" (Dominguinhos).

No ano de 1980, a Rede Globo criou o "MPB 80" e Guilherme Arantes inscreveu a música Fantoches do LP "Coração Paulista" que chegou até a segunda fase classificatória. O festival foi organizado pelo saudoso Augusto César Vanucci que divulgou o cantor Jessé e os sucessos Rasta Pé, e A Massa, com o baiano Raimundo Sodré. Também promoveu o retorno da cantora Joyce, do Quinteto Violado e de Lecy Brandão. O vencedor foi Oswaldo Montenegro com Agonia.

 

Guilherme Arantes - Maracanãzinho (RJ)

Planeta Água


Em 1981 a expectativa do público não foi correspondida pelo júri de 138 pessoas que deu a vitória a Purpurina, composição do gaúcho Jerônimo Jardim, defendida por Lucinha Lins. Planeta Água de Guilherme Arantes, mesmo classificada em segundo lugar foi o grande sucesso do festival "MPB-Shell-81" e teve grande execução nas rádios de todo o Brasil.

Guilherme Arantes era a grande expectativa da noite no Maracanãzinho. Foi recebido com muitos aplausos e, mesmo antes de cantar, já eram ouvidos os gritos de "já ganhou". O refrão final "terra, planeta água" foi repetido em coro diversas vezes. Até Lucinha Lins reagiu quando foi cotada para melhor intérprete do festival. E quando foi defender a música Purpurina, durante 15 minutos foi fortemente vaiada pelas quase 30 mil pessoas presentes que atiravam uma chuva de bugigangas, bolinhas de papel e falavam palavrões quando anunciaram o resultado. Fizeram Lucinha ser obrigada a se esconder atrás do microfone e, posteriormente a se afastar da música por um certo tempo. Ao mesmo tempo em que não aceitando a classificação, o público e a maioria dos concorrentes gritavam "é campeão". A terceira colocação ficou com Mordomia, defendida por Almir Guineto e o Grupo Exporta Samba.

Lucinha Lins - ''Hoje é fácil lembrar o episódio Purpurina, mas, naquele momento, eu não tinha a menor consciência do que estava acontecendo. Não sentia nada, fiquei completamente anestesiada. Foi uma catarse, as pessoas enlouqueceram. No dia seguinte, eu tinha manchas pelo corpo todo porque o público me atirava aqueles abanadores e, no final das contas, parecia que eu tinha sido desenhada com caneta azul. Quando vejo esse teipe é constrangedor, minha cara aparece toda retorcida'', lembra Lucinha, que, mais tarde, ouviu de Augusto César Vanucci, produtor do festival, que nem os jurados acreditavam na vitória de Purpurina, o que gerou duas recontagens de votos. ''Tenho paixão por aquela música, mas admito que foi uma zebra. Sei que o problema não era comigo. Nunca duvidei do meu talento.''

 

Os três colocados do MPB-Shell 81

Vencedores do MPB-Shell 81


Guilherme Arantes manteve uma conduta irrepreensível no que diz respeito à aceitação do resultado oficial, quando recebeu o prêmio das mãos de Zé Ramalho. Um comportamento que, a julgar por uma de suas composições, "Aprendendo a Jogar", faz parte de sua filosofia de vida: "nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar".



Compacto "Perdidos na Selva"

Perdidos na Selva

Paralelamente, Guilherme tinha outra música no festival MPB-Shell 81, Perdidos Na Selva, com o Grupo Gang 90 & Absurdettes, cuja autoria foi creditada apenas ao jornalista e crítico musical Júlio Barroso, por causa do regulamento que não permitia duas músicas inscritas. O grupo chegou até a quarta eliminatória, mostrando um rock de tradição Jovem Guarda e estrutura narrativa. Guilherme fez o arranjo, o refrão e a participação vocal num compacto lançado pela Wea.



Ria de Mim

Em 1982, Guilherme Arantes chega a final de mais um festival, o "MPB-Shell 82", trazendo uma canção romântica bem no estilo do intérprete que a defendeu, Cauby Peixoto. Ria de Mim ganhou o prêmio de melhor arranjo da noite e Cauby o de melhor intérprete do festival. A grande vencedora foi Pelo Amor de Deus com Emílio Santiago.

 

Trilhas Sonoras


Já foram 24 músicas de Guilherme Arantes inseridas em telenovelas da Rede Globo: Amanhã ("Dancing' Days"), Deixa Chover ("Baila Comigo"), Um Dia Um Adeus ("Mandala"), Ouro ("Sassaricando"), entre outras. Algumas compostas ou adaptadas especialmente para a trama da novela, como Raça de Heróis ("Que Rei Sou Eu?"), Fio da Navalha ("Partido Alto") e Sob o Efeito de Um Olhar ("Vamp").

Arantes também fez músicas para especiais infantís. O grande destaque foi com Lindo Balão Azul ("Pirlimpimpim") na voz dos intérpretes do especial que a Rede Globo apresentou em 1982, marcando os 100 anos da obra de Monteiro Lobato ("Sítio do Pica-Pau Amarelo"). A música se destacou na trilha sonora do especial e se tornou um grande hit, obtendo execução maciça no Brasil e vários países, conquistando um disco de platina para a gravadora  Som Livre.

Outros especiais infantís aconteceram na Globo e Guilherme Arantes ainda compôs Acorda Saci ("A Turma do Pererê", do Ziraldo), cantada por Vandérlea, Brincar de Viver ("Plunct, Plact, Zum!") - grande sucesso de execução na voz de Maria Bethânia, e ainda compôs todas as músicas do "Pirlimpimpim 2", em parceria com o poeta paranaense Paulo Leminsky. Desse encontro nasceu Xixi nas Estrelas gravada por Guilherme Arantes, que também atuou no especial infantil da TV, vivendo o cavaleiro São Jorge. No cinema, Guilherme compôs músicas para os filmes "Menino do Rio" e "Garota Dourada", com músicas inéditas lançadas em disco pela gravadora CBS/Sony. 
 


Composições & Intérpretes 


Guilherme Arantes faz uma música contemporânea que desconhece limitações. Tem uma visão bastante ampla dos horizontes da música pop. As influências são diversas. Vão do som dos Beatles, Rolling Stones, ao rock progressivo de grupos que fizeram ótimos trabalhos como Yes e Emerson, Lake and Palmer. No Brasil, influências do tropicalismo, Chico Buarque, a bossa-nova de Tom Jobim ao som dos grandes músicos mineiros: Milton Nascimento, Lô Borges,  Beto Guedes e Flávio Venturini.

 

Bibi Vogel          Compacto Bibi Vogel

Bíbi Vogel


As músicas de Guilherme Arantes são consagradas não apenas em sua voz mas também nas de outros intérpretes da MPB. Em 1973, aconteceu o primeiro contato. A manequim e atriz Bíbi Vogel, se lançava como cantora e letrista. Negociou com a Som Livre a gravação de um compacto duplo com Amor de Hora Marcada, Mofo, Anúncio Classificado e Daniel. As três primeiras com letra dela e musicadas por Guilherme Arantes, que tinha 19 anos, na época. O compacto saiu com duas músicas e se tornou grande raridade entre colecionadores. Bíbi Vogel mudou-se para Buenos Aires, Argentina, dando continuidade à carreira artística. No Brasil criou a ONG Amigas do Peito. Faleceu no dia 03/4/2004. Leia homenagem.
 


Elis Regina

Músicas gravadas por grandes intérpretes


Em 81, Elis Regina estava de volta às paradas com Aprendendo a Jogar, música que Guilherme fez pensando na voz dela, nos recursos vocais que Elis possuía. Ela também gravou Só Deus é Quem Sabe. O Rei Roberto Carlos já tinha recebido várias composições de Guilherme, feitas especialmente pra ele e gravou Toda Vã Filosofia, no disco de 88. Caetano Veloso também foi um ponto alto na carreira de Guilherme quando regravou Amanhã, com voz e violão acústico, no disco "Totalmente Demais", em 1990. 

Outros nomes e grupos importantes que gravaram músicas do Guilherme foram: Claudia Telles, Gang 90, Biafra, Ana Belém (Espanha), Hugh Masekela (trompetista sul-africano), Quarteto em Cy, Jessé, Cauby Peixoto, Belchior, Ney Matogrosso, Luiz Ayrão, Sandra Sá, MPB-4, Fafá de Belém, A Cor do Som, Vanusa, Maria Bhetânia, Zizi Possi, Joanna, Leila Pinheiro, Eliete Negreiros, Emilio Santiago, Barão Vermelho, Os Cariocas, 14 Bis, Flávio Venturini, Verônica Sabino, Ná Ozetti, Pena Branca & Xavantinho, Nenhum de Nós, Klébi, Sandy & Jr, Chitãozinho & Xororó, Trovadores Urbanos, Claudinho e Buchecha, Banda Eva, Paulo Ricardo, Blitz, Martn'ália, Isabella Taviani, Carla Visi, Zezé Di Camargo & Luciano, Fat Family, Zé Ramalho, Max Viana e o grupo Cidade Negra.

O "Fanzine Lance Legal" disponibiliza uma lista completa e catalogada com todos os nomes de grupos e cantores que gravaram composições de Guilherme Arantes.

 


 

 

 

 

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